sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Novidade:

Um Nobel da Literatura n'O Quinto Selo Edições!

O Quinto Selo Edições lança este mês o livro de um consagrado autor egípcio. Naguib Mahfouz é uma das maiores referências da literatura egípcia. Agraciado com o Prémio Nobel da Literatura em 1988, foi o primeiro autor árabe contemplado com esta distinção. Em 1972, recebeu o Prémio Nacional das Letras Egípcias e foi homenageado com o Colar da República, a mais elevada honra da sua nação. Faleceu em 2006. Akhenaton - O Rei Herege é a obra que irá revelar a verdade sobre um dos períodos mais enigmáticos da história egípcia. Akhenaton empreende uma reforma que faz tremer as fundações do culto religioso no Egipto, ao passar de um culto politeísta com Amon como Deus principal, para um culto monoteísta centrado em Aton, o Deus Sol. Estas mudanças radicais provocam a revolta entre os sacerdotes do Egipto, que vêem alguns dos seus poderes retirados. Estruturado como um romance policial, o objectivo de Akhenaton - O Rei Herege é revelar a verdade sobre um dos períodos mais enigmáticos da história egípcia. A liderar estas escavações literárias encontra-se o jovem Miriamon, que resolve entrevistar cada uma das personagens envolvidas na conspiração que teve por fim o assassinato do faraó e ser «como a história, imparcial e aberta a qualquer testemunho. Só depois dá a conhecer a verdade, livre de ideias feitas para aqueles que desejam contemplá-la.» Pelo menos três mil anos separam a época profana em que vive Naguib Mahfouz das civilizações politeístas que condenaram Akhenaton. Contudo, alguns pontos em comum destas duas personagens do conturbado mundo árabe mostram que a sociedade mudou apenas as máscaras com que encobre a sua milenar crueldade e intransigência em relação ao próximo. Ambos acreditaram em ideias consideradas blasfemas e valeram-se do poder da palavra para se defenderem dos seus inimigos.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

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segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Imprensa:

«Revelação. Segredos do criador de James Bond

Rivais de 007 eram inimigos de Ian Fleming

Scaramanga e Blofeld foram inspirados em pessoas reais

O nome Scaramanga é quase sempre associado ao vilão de O Homem da Pistola Dourada, filme de 1974, um dos episódios da saga de James Bond. Já Blofeld traz à memória a figura do maior inimigo do agente secreto 007, presença segura em vários episódios da série. Ambos os nomes foram escolhidos por Ian Fleming, autor dos romances mais tarde adaptados ao grande écrã. Os dois correspondem também a inimigos pessoais de Fleming e materializam uma espécie de vingança do escritor. A notícia foi ontem revelada pela imprensa britânica.
David Scaramanga confessava ontem aos jornais ingleses nunca ter percebido "porque razão o meu avô, que morreu há 15 anos, odiava tanto Ian Fleming". Revelou também que a "admiração é geral" sempre que alguém ouve o seu último nome. O verdadeiro Scaramanga estudou com Ian Fleming no colégio de Eton, do qual, de acordo com várias biografias, o escritor terá sido expulso por dificuldades de integração.
No mesmo período (durante os anos 20), Fleming recolheu inspiração para outras personagens. Uma delas foi Ernst Stavro Blofeld, o chefe da organização secreta SPECTRE, que James Bond persegue em vários dos episódios da saga. Thomas R. C. Blofeld é a origem da personagem. Um outro companheiro de estudos de Fleming em Eton, pai do comentador de críquete Henry Blofeld, que descreveu uma "relação cordial entre os dois".
Até Bond, o apelido do agente secreto mais famoso de sempre, foi inspirado por uma "personagem" real do percurso de Ian Fleming. Neste caso, o último nome era o mesmo do responsável pela secção de aves da Academia de Ciências Naturais de Filadélfia. Nome escolhido por um amante da Ornitologia, mundo que sempre fascinou Fleming.»

Diário de Notícias, secção Artes, sexta-feira, 10 de Agosto de 2007

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Inédito: Novo livro da série «James Bond» sairá em 2008!

O espião inglês mais famoso e sedutor do mundo regressa apoteoticamente num novo livro, intitulado Devil May Care, a ser lançado no ano em que se assinala o 100.º aniversário do nascimento de Ian Fleming, a 28 de Maio de 2008. Stephen Rubin, presidente e editor da Doubleday Broadway Publishing Group, adquiriu os direitos de publicação para os EUA do título encomendado pela Ian Fleming Publications, Ltd. O livro foi escrito pelo autor de Charlotte Gray, Sebastian Faulks. A história de Devil May Care é passada durante a Guerra Fria, e a acção decorrerá em várias cidades do mundo.

Faulks revela que este novo livro é «80% Fleming» e admitiu ter ficado «surpreso» por ter sido ele o escolhido para continuar a saga do Agente 007: «Fiquei surpreendido, mas também lisonjeado com o pedido que me foi feito no Verão passado, para escrever o livro que assinalará o centenário de Ian Fleming.»



O último dos 14 volumes escritos por Fleming sobre James Bond foi Octopussy and The Living Daylights (007, Operação Tentáculo), publicado em 1966, dois anos após a sua morte. O primeiro foi Casino Royale, publicado em 1953, e adaptado ao cinema no ano passado, com Daniel Craig no papel do espião irresistível.

Faulks junta-se a autores como Kinglsey Amis e John Gardner, que escrevem sobre a personagem de Bond, e dá continuidade a um franchise já bastante famoso e que promete continuar por muito tempo. Até hoje, já foram vendidos mais de 100 milhões de livros de James Bond em todo o mundo.

Exposição James Bond
Em 2008 celebra-se o centenário do nascimento de Ian Fleming e para assinalar a data está a ser preparada uma grande exposição dedicada à sua famosa saga, James Bond – O Agente 007. O evento está a ser organizado pela Fleming Collection e irá incluir as ilustrações feitas ao longo dos tempos para as capas dos livros da série – desde a primeira edição no Reino Unido e nos EUA aos últimos lançamentos e à série do Jovem James Bond, incluindo alguma arte feita para os filmes; porém centrar-se-á mais em Bond como ícone literário. As capas internacionais também serão incluídas nesta grandiosa exposição que passará por inúmeras cidades mundiais: Londres, Nova Iorque, Xangai, Mumbai, Hong Kong, Moscovo e Paris. Há a possibilidade de a exposição passar por Lisboa e Berlim, mas por enquanto ainda nada está confirmado.

Informações retiradas de:

Publishers Weekly, 10 de Julho de 2007

BBC News, 11 de Julho de 2007

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Excerto:


Nora Roberts


«Prólogo

Memphis, Tennessee
Agosto de 1892


Dar à luz um filho bastardo não estava nos seus planos. Quando descobriu que trazia no ventre o filho do seu amante, o choque e o pânico rapidamente se transformaram em raiva.
Havia formas de lidar com a situação, claro. Uma mulher na sua posição tinha contactos, tinha opções. Mas ela tinha medo das abortadeiras, quase tanto medo delas como daquilo que crescia, indesejado, dentro de si.
A amante de um homem como Reginald Harper não podia dar-se ao luxo de engravidar.
Ele sustentava-a há quase dois anos, e sustentava-a bem. Oh, ela sabia que ele tinha outras - incluindo a mulher -, mas elas não a preocupavam.
Ainda era nova e era bonita. A juventude e a beleza eram produtos que podiam ser comercializados. E ela fizera-o, ao longo de quase uma década, com a graça e o charme que aprendera observando e imitando as senhoras elegantes que visitavam a grandiosa casa junto ao rio, onde a sua mãe trabalhava.
Ela tinha educação - um pouco. Mas, mais do que a de livros e música, aprendera a das artes da sedução.
Vendera-se pela primeira vez com quinze anos e, juntamente com o dinheiro, ganhara conhecimento. Mas a prostituição não era o seu objectivo, tal como não o era o trabalho doméstico ou arrastar-se para a fábrica dia após dia. Ela sabia a diferença entre prostituta e amante. Uma prostituta trocava sexo frio e rápido por tostões e já estava esquecida antes mesmo de o homem abotoar a braguilha.
Mas uma amante - uma amante inteligente e bem-sucedida - oferecia romance, sofisticação, conversa, boa disposição, para além da mercadoria que tinha entre as pernas. Era uma companheira, um ombro para ele chorar, uma fantasia sexual. Uma amante ambiciosa sabia como não exigir nada e ganhar muito.

Amelia Ellen Conner tinha ambições.
E concretizara-as. Pelo menos, a maioria delas.
Seleccionara Reginald muito cuidadosamente. Ele não era atraente nem tinha uma mente brilhante. Mas era, como a sua pesquisa lhe garantira, muito rico e muito infiel à magra e legítima esposa, que presidia a Harper House.
Ele tinha uma mulher em Natchez e dizia-se que mantinha outra em Nova Orleães. Podia sustentar mais uma e, portanto, Amelia apontou-lhe as suas armas. Fez-lhe olhinhos e conquistou-o.
Aos vinte e quatro anos, vivia numa bela casa em South Main e tinha três criadas. O seu guarda-fato estava cheio de roupa bonita e a caixa de jóias cintilava.
Era verdade que não era recebida pelas senhoras elegantes que em tempos invejara, mas havia um mundo semielegante onde uma mulher da sua posição era bem-vinda. Onde ela era invejada.
Dava festas sumptuosas. Viajava. Vivia.
Depois, pouco mais de um ano após Reginald a ter instalado naquela bonita casa, o seu mundo hábil e astuciosamente construído desabara.
Teria escondido a gravidez até reunir a coragem necessária para visitar o bairro da luz vermelha e acabar com ela. Mas ele apanhara-a a vomitar violentamente e estudara o seu rosto com aqueles olhos escuros e perspicazes.
E soubera.
[...]»